sábado, 29 de dezembro de 2012

O Hotel Pennsylvania


A princípio, a escolha do hotel foi um tiro no escuro. Logo de início pretendíamos ficar em um hostel (Chelsea International), recomendado pelo irmão de uma amiga, que por sua vez não ficou lá, mas tinha recebido a recomendação de um amigo que ficou. Sei que parece distante, mas era uma recomendação. Ocorreu que o preço desse hostel subiu bastante para os dias em que ficaríamos lá (R$ 119,00 / dia - é, hostel em NYC não tem preços tão interessantes, foi o que eu pensei também). Para dificultar ainda mais, um dos dias em que ficaríamos lá estava indisponível, de modo que teríamos que procurar outro lugar para passar o dia. Resolvemos procurar outra coisa.

Olhando as promoções na internet, nos deparamos com uma do Hotel Pennsylvania (um hotel aparentemente tradicional em NYC) em que o aluguel do quarto sairia por R$ 315,00 / dia - o que, dividindo-se entre duas pessoas, sairia algo próximo de R$ 117,00 / dia (um pouco mais barato do que um Ibis em São Paulo e mais barato do que o hostel). E ficou ainda mais barato quando pedimos para trocar uma cama de casal por duas de solteiro, dado que recebemos um reembolso de R$ 500,00.

É meio arriscado tirar conclusões apenas pelos comentários na rede e pelas fotos do site do hotel, mas resolvemos abraçar a idéia e fazer a compra. Estava ficando próximo demais da viagem e corríamos o risco de ficar sem hospedagem caso demorássemos demais. Curiosamente, alguns dias depois de termos comprado, a chefe da minha amiga que me acompanhou na viagem disse que já tinha ficado nesse hotel e que havia gostado. Foi como que uma recomendação atrasada.

Não houve arrependimento. O Hotel Pennsylvania é um hotel enorme, com um hall de entrada muito bonito, com pelo menos 8 elevadores. Os quartos têm um aspecto mais velho e mais empoeirado do que aparentava nas fotos, mas eu já tive experiências anteriores com a comparação entre o real e a foto e já estava preparado para isso. Eles possuem o suficiente para pequenas paradas ao longo do dia e para dormir (não possuem frigobar e nem microondas, não sendo uma boa opção para quem pretende armazenar ou preparar comida no quarto). No entanto, as camas eram confortáveis e bastante espaçosas (quase duas camas de casal, suponho que sejam aquelas camas meio termo). O banheiro era espaçoso e limpo. O chuveiro tinha boa pressão e a temperatura era bem ajustável, desde damn cold até freaking hell. A minha única reclamação nesse sentido é a de que a torneira do chuveiro não fechava totalmente, de modo que ficava pingando o dia inteiro. Minha companheira de quarto pedia para eu fechar a porta do banheiro à noite porque o barulho das gotas incomodavam, para mim incomodava mais o desperdício de água do que o barulho. Nada capaz de estragar a estada por lá.



Fora isso, fica muito bem localizado na ilha. Bem ali no coração de Midtown, muito perto de pontos como o Empire State Building, a Times Square e outros lugares onde as coisas acontecem. Muitas opções de lanchonetes, um K-Mart quase grudado. Certamente me hospedaria lá novamente em uma próxima viagem.



A chegada em New York City


Ao sairmos do metrô (tivemos que subir com as malas por escadas analógicas, já que nem todas as saídas têm escadas rolantes ou elevadores), nos deparamos com uma NYC um pouco mais fria do que as roupas que eu estava vestindo suportavam (por volta de 6 ºC) e escura, já que nessa época começa a escurecer às 4:30 pm e chegamos às 7 pm. A minha primeira impressão foi a de que NYC é uma cidade mais caótica do que São Paulo. Muitos carros naquela região, muitas pessoas atravessando ao mesmo tempo (o que dificulta a passagem com malas). Por sorte o hotel fica bem próximo da estação de metrô, então a aventura durou pouco tempo. Logo conseguimos entrar.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O AirTrain e o metrô para 34th St Penn Station


A estratégia mais comum para se sair do JFK e chegar em Manhattan é pagar $ 50.00 por um táxi (preço único para qualquer lugar da ilha, independentemente da distância). Existem também shuttles (que apesar de eu não ter visto pessoalmente, suponho serem micro-ônibus, que vão “dropando” as pessoas ao passar pela cidade), que custam um pouco mais barato. Mas a opção mais barata mesmo, e que foi a que fizemos, é pegar o AirTrain do JFK ao metrô e ir de metrô até o hotel. O custo é convidativo: $ 5.00 do AirTrain e $ 2.25 do metrô. Não importa onde, em Manhattan, fica o seu hotel, pois haverá uma estação de metrô perto dele. Certamente o conforto não é o mesmo de se pegar um táxi, mas transportando apenas uma mala e a mochila nas costas, é viável. Também é importante ficar atento ao horário. Caso opte pelo táxi em horário de rush, esteja preparado para um trânsito equivalente ao de São Paulo.

O AirTrain é um sistema muito interessante, embora confuso para turistas desacostumados com o sistema de metrôs de NY. Existem trens que circulam infinitamente por todos os terminais do aeroporto. Na mesma linha em que esses passam, existem os que escapam dos terminais e vão para as estações de metrô. Você vai levar uns 5 ou 10 minutos tentando entender o sistema, mas vai acabar descobrindo qual deles é o certo para você. O pagamento dos $ 5.00 você faz comprando um cartão que pode ser pago com dinheiro, débito ou crédito em um ATM ao chegar na estação de metrô.


Nessas mesmas ATMs você consegue comprar as passagens de metrô. Existem várias opções. Para nós, que ficamos 9 dias por lá e usamos MUITO metrô (optamos por fazer tudo a pé e/ou de metrô, para conhecer melhor a cidade e economizar para outras coisas), existe um 7-day unlimited pass, por $ 29.00, que você pode usar infinitas vezes por 7 dias, com 10 minutos de intervalo entre cada passagem. De resto é bem parecido com o nosso bilhete único em São Paulo. Você pode carregar o cartão com quanto você quiser (levando-se em conta que a passagem é $ 2.25). Foi o que fizemos nos últimos dois dias após o unlimited pass ter vencido.

Escreverei um post específico sobre o metrô de NY, com informações mais específicas e algumas fotos que tirei.

JFK International Airport (JFK) e a Imigração


O Aeroporto Internacional JFK é enorme. Uma comparação visual seria complicada, mesmo porque conheço muito mais áreas do nosso aeroporto internacional do que do deles, mas acredito que o JFK seja maior do que o GRU. A funcionalidade, no entanto, é muito parecida.

A Imigração

Fica difícil dizer qual experiência foi mais cansativa. O vôo de 10 horas ou as 2 horas de espera na fila da imigração. Para quem já passou por lá, deve saber o que é aquilo. Para os que não conhecem, a imigração é o local onde eles fazem o controle de quem entra nos EUA. Os agentes da imigração fazem todo tipo de pergunta aos estrangeiros (do mesmo tipo das perguntas que são feitas na entrevista do visto). Se o seu visto foi concedido sem problemas, acho difícil que tenha um problema nessa etapa da viagem, mas sempre resta a preocupação. Não preciso dizer que o agente estranhou quando eu disse que era estudante, com 27 anos. Todo pós-graduando de programa stricto sensu já deve ter passado por isso em algum momento da vida. Mas eu expliquei direitinho e ele carimbou o meu passaporte.

Uma curiosidade: percebi, durante o tempo na fila, que cidadãos de “fora da zona de risco” (vindos de uma certa relação de países - que não inclui o Brasil - , com uma certa idade, etc.) podem fazer parte desse processo automaticamente, em máquinas que ficam ali nas proximidades. O impresso que sai da máquina pode ser entregue ao agente para liberar a passagem diretamente. Quem sabe a política externa brasileira consiga isso para a gente em breve. Ouvi dizer que a Exma. Presidente Dilma Rousseff estava em vias de solicitar ao presidente Obama a inclusão do Brasil nos países que não dependem de visto para a entrada nos EUA, como já ocorre para diversos países do mundo.

Passando da imigração, as coisas foram bastante simples. A aduana irá verificar se você está levando mais de $ 10.000 em dinheiro ($.$). Aparentemente é possível entrar com quantias maiores do que essa, mas o processo é mais complexo, há mais documentos a preencher e tal. Como certamente não era o meu caso, passei direto por ali.

E assim nos despedimos (por 9 dias) do JFK.

SP - NY : O vôo de 10 horas


A decolagem foi bem sossegada. Mas e depois? Não subestime um vôo de 10 horas. Corro o risco de estar mentindo, mas foi uma das experiências mais cansativas da minha vida. Como tenho o costume de dormir depois da meia noite e deveria acordar às 4:20 am para chegar no aeroporto às 5:30 am, preferi passar a noite em claro com a ingênua intenção de dormir na poltrona de classe econômica do avião. Eu mal consegui me acomodar para sentar, quanto mais deitar e tirar uma soneca. E, meu: são 10 horas! Não há filme, livro ou iPad rodando Temple Run (com a quebra de dois recordes anteriores) que aguente. Depois de fazer tudo isso ainda sobraram horas sem o que fazer.

Fiquei me perguntando se conexões são realmente ruins. Deve ser um saco repetir todo o processo de check-in e embarque novamente, mas pelo menos as viagens são mais curtas. Bom, não sei. Fazer uma conexão lá em cima, no Panamá (como fazem os vôos São Paulo/Nova York da Copa Airlines), não me parece muito vantajoso nesse sentido.

O pouso no JFK International Airport (JFK) foi tranquilo. Como chegamos um pouco antes do previsto, precisamos esperar a aeronave que estava lá desocupar o espaço para o estacionamento.

A ida: Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU)


Tenho pouco a falar sobre o Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU). Já estive lá duas vezes, embora essa tenha sido a primeira vez que faço um vôo internacional. O aeroporto é grande e a estrutura é bastante funcional. Nosso vôo estava previsto para sair no dia 12/12/12 (tinha tudo para dar certo) às 8:40 am, de modo que chegamos no aeroporto às 5:30 am. Sorte a nossa. A fila para o check-in estava bem pequena. Alguns minutos depois passamos por ali e a fila já estava enorme. Como saímos cedo de casa, resolvi fazer um café da manhã por ali mesmo. Recomendo àqueles que vão viajar em regime de contenção de gastos que não façam isso. Um café pequeno com dois pães de queijo e um bolinho custou por volta de R$ 16,00. Eu mesmo, em uma próxima viagem, levarei biscoitos de casa. Lembrem-se apenas de levar pouco, porque não é permitida a entrada de comida no avião.

Por incrível que pareça, o embarque ocorreu no horário previsto. O imprevisto, no entanto, foi eu ter sido selecionado pelo programa de segurança do governo americano. Eles fizeram swab test nas minhas mãos, no meu cinto, na minha bagagem de mão e nos meus sapatos, em busca de vestígios de explosivos. Pediram também para que eu tirasse o sapato para fazer uma verificação física. Nada de outro mundo, na verdade. Como eu certamente não tinha a intenção de explodir nada no avião ou lá nos EUA, o resultado deu negativo. Caso aconteça algo parecido com você e as suas intenções sejam boas, não se desespere. Dará tudo certo.